10 mitos sobre beleza natural
- Marina Lopes
- 30 de jun. de 2022
- 4 min de leitura
1. O óleo nutre o cabelo
Má notícia. A não ser que possua uma nanotecnologia, um óleo vegetal não pode nutrir um cabelo "desde o interior" porque as suas moléculas são demasiado grandes – até aquelas com maior capacidade de penetração dotadas de ácidos gordos de cadeia curta, tais como o murumuru, o babassu, o abacate ou o girassol. O que interessa num óleo é o seu poder impermeabilizante: se for usado antes do champô, permite regular a absorção da água pelo cabelo, o que tende a fragilizá-lo e a gerar uma perda de proteínas, levando a um eventual desvanecimento da coloração.
Boa notícia. Usamos os óleos antes do champô para preservar o cabelo e tornar a lavagem mais suave. Massajados ao longo do cabelo, previnem a desidratação e protegem a coloração.
2. A água micelar não se limpa posteriormente
Má notícia. Como é uma água que se aplica com um algodão, parece lógico deixá-la fazer todo o trabalho sozinha. Acontece que as micelas ? tensioativos semelhantes a ímanes ? podem permanecer sobre a pele e criar uma sensação de desconforto ou de repuxamento nas peles mais sensíveis. Convém, por isso, aplicar um tónico ou vaporizar uma água termal no final do processo desmaquilhante.
Boa notícia. Há várias águas micelares, algumas das quais concebidas para peles sensíveis e reativas. Devem aplicar-se com um algodão e com suavidade, e, sobretudo, sem esfregar!
3. Os sumos detox emagrecem
Má notícia. Beber sumos nunca fará emagrecer e nem é esse o objetivo. As curas à base de sumos são aconselhadas no contexto de uma monodieta para deixar o aparelho digestivo descansar durante um ou dois dias, antes de retomar uma alimentação equilibrada. Beber sumos para contrabalançar os excessos não só é ineficaz como pode levar o organismo a armazenar ou provocar apetites vorazes, súbitos e incontroláveis!
Boa notícia. Podemos regalar-nos com deliciosos sumos de fruta e legumes frescos e espremidos a frio que nos dão um boost de fibras e vitaminas… Perfeitos para um dia de monodieta.
4. Os perfumes de hoje não duram
Má notícia. Os nossos gostos mudaram, os ingredientes também e a tendência atual é marcada por perfumes menos intensos do que os usados antigamente que eram mais concentrados e, frequentemente, compostos por matérias-primas animais (muitas das quais já não podem ser utilizadas por questões ecológicas). E preferimos as águas de colónia aos extratos. Mas sabia que uma das causas frequentes da falta de fixação do aroma deve-se à desidratação da pele? Quanto mais hidratadas estiverem as zonas onde aplica a fragrância, melhor fixará as moléculas odoríferas.
Boa notícia. Existem criações que deixam uma fragrância duradoura, sobretudo na perfumaria de nicho.
5. É preciso cortar o cabelo aos 50 anos
Má notícia. Os especialistas dizem que não há uma idade apropriada para usar o cabelo comprido, desde que o mesmo tenha uma boa textura: basta ter o cabelo grosso e um corte estruturado (um lob bem desenhado, um brushing bem enrolado, uma franja grossa…). Ora é precisamente por volta dos 50 anos que perdemos a densidade capilar – a culpa é das hormonas – e que o cabelo fica mais bonito num comprimento não tão longo.
Boa notícia. Antes de optar por um corte curto pode recorrer a produtos para aumentar a densidade que dão volume e textura à fibra capilar. Aplicados sobre o couro cabeludo, os seus ativos reforçam o bolbo e revestem o fio capilar.
6. A sombra deve ser semelhante à cor dos olhos
Má notícia. É certo que algumas tonalidades não são as que mais evidenciam a beleza e o brilho de cada cor de olhos, mas,seguindo este princípio, um coral ou um rosa não ficariam bem a ninguém! Não é por termos os olhos azuis que devemos duplicar a cor na pálpebra. Bem pelo contrário: um tom alaranjado poderá realçar o seu brilho. Resumindo, não existem muitas regras em maquilhagem, pois o mais importante é cada pessoa criar a sua própria harmonia.
Boa notícia. A primavera traz paletas de cores: pastéis, ácidas ou esfumadas. Misture um ocre com um tom marinho ou um rosa com um verde-acastanhado… O efeito será luminoso e sempre elegante. Divirta-se!
7. A base testa-se na mão
Má notícia. É um ato reflexo que não é, necessariamente, uma boa ideia: mais fina e muito vascularizada, a pele da mão ou do interior do pulso não é igual às diferentes tonalidades existentes no rosto. Se testarmos a base nesses sítios, poderemos escolher uma base demasiado clara ou com demasiada cobertura. Os maquiadores aconselham experimentar a base no lóbulo da orelha.
Boa notícia. Aplaudimos as novas bases que se adaptam em transparência ou se misturam com o creme de dia, garantindo uma tez saudável e sem demarcações.
8. Não nos bronzeamos com um FPS 50+
Má notícia. Não existe nenhum protetor solar capaz de bloquear totalmente os raios UV e evitar o aumento da melanina. O fator 50 de um protetor permite diminuir 50 vezes a dose de UVB que a pele capta antes da exposição solar, mas não impede os UV de penetrarem na pele.
Boa notícia. Claro que nos bronzeamos com um FPS 50+, maso processo é mais lento e também mais seguro… Menos brancas do que os cremes, as novas texturas fluidas e as brumas ligeiras conquistaram-nos. São ainda mais poderosas face aos UV desde que aplicadas com muita regularidade.
9. A massagem anticelulite deve doer para ser eficaz
Má notícia. Tudo depende da mão do terapeuta e do grau de sensibilidade e do tipo de celulite da recetora: quando a celulite está instalada e é fibrosa, os movimentos de puxar e amassar – executados manualmente ou com uma máquina – podem doer um pouco nas primeiras sessões. O terapeuta deve, portanto, trabalhar com delicadeza para não magoar as zonas hipersensíveis e mais propensas a nódoas negras (joelhos, coxas, nádegas).
Boa notícia. Izabel de Paula, especialista em modelagem manual drenante e anti-casca de laranja, aperfeiçoou uma técnica que se adapta a diferentes tipos de celulite, sem provocar dor. www.izabeldepaula.pt
10. Os cabelos oleosos devem ser lavados todos os dias
Má notícia. Lavar o cabelo diariamente desencadeia uma produção natural de sebo e cria um ciclo vicioso, tendo como resultado cabelos sem volume e oleosos todos os dias.
Boa notícia. O ideal seria não lavar o cabelo mais do que duas vezes por semana, independentemente do seu tipo, para preservar a qualidade e o equilíbrio do couro cabeludo. Existem champôs secos, sob a forma de mousse ou de spray, perfeitos para refrescar e limpar o cabelo a seco, sem o agredir. Vaporizam-se sobre as raízes e escovam-se de seguida.
Fonte: https://www.maxima.pt/beleza/tendencias/detalhe/10-mitos-de-beleza-finalmente-desvendados
